sábado, 25 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
CHINA: tragédia do filho único
Pela lei biológica de sobrevivência da humanidade, a diferença entre os sexos deveria ser de 102-106 meninos para 100 meninas.
A média nacional na China é de 117 meninos para 100 meninas, chegando, em certas províncias do interior, a 163,8 meninos.
As conseqüências são graves porque, na idade de casar, não há um número suficiente de moças para todos os rapazes. Para amenizar essa situação, as famílias em boa situação financeira tentam importar, ilegalmente, mulheres de países vizinhos, mas existe o perigo de as noivas clandestinas receberem multas e serem repatriadas, após um período nas prisões chinesas.
Se os moços não tiverem dinheiro suficiente para arrumar alguma moça chinesa ou para importar dos países vizinhos, não podem formar família, o que se transforma numa tragédia nas tradições culturais chinesas fundadas sobre o confucionismo.
O menino na China de sempre
O número de moças que falta já estaria na casa de milhões e as causas são facilmente identificáveis: elas foram vítimas de infanticídios, de abortos provocados pelos pais quando descobriam que o feto era uma menina ou foram abandonadas nas encruzilhadas das ruas quando recém-nascidas. Alguns pais as escondem e não as declaram ao Estado, correndo perigos de sanções e prisão, se forem descobertos.
Na China, a preferência dos pais pelo filho de sexo masculino é uma tradição profundamente arraigada, desde a idade feudal. No filho homem, concentra-se a responsabilidade de manter os pais quando idosos, de possibilitar-lhes um enterro solene, de fazer as oferendas sobre os túmulos deles para as necessidades após morte, conforme a tradição confuciana. Somente o filho homem é o único herdeiro dos bens da família.
A menina, pelo contrário, é destinada a se casar pouco importa se gostar ou não, se for amada ou desrespeitada pelo marido. O divórcio ou separação está fora de discussão. Uma vez casada, ela está casada para sempre e pertence à família do marido, exatamente como na sociedade feudal. Ela deve gerar filhos, possivelmente homens, para o marido e fazer sua vontade.
Até pouco anos atrás, o símbolo da submissão da mulher era a prática de impedi-la que desenvolvesse pés normais, por meio de bandagens que lhes eram impostas desde os primeiros anos de vida. Esta prática iniciou-se nos anos da dinastia dos Tangs (618 - 907) e foi eliminada pelo regime maoísta. Os pés pequenos eram uma maneira de tolher-lhes a liberdade de movimento, de modo que a mulher ficasse praticamente presa em casa e a moça que não tivesse pés pequenos não era aceita como esposa.
A mulher após o regime maoísta (1949- 1979)
A China maoísta tentou libertar a mulher dessas discriminações dando-lhe, teoricamente, os mesmos direitos políticos, econômicos e socioculturais que os homens. Pela atual lei, teoricamente, estão proibidos os matrimônios arranjados, a mulher pode pedir o divórcio ou se separar, pode herdar e receber um salário em paridade de trabalho com os homens.
Apesar disso, as desigualdades continuam ainda em todas as fases de sua vida. A preferência ligada ao sexo é mais forte que a lei, especialmente no interior e nas regiões mais pobres da China. De fato, a lei e as conseqüências demográficas cedem diante do pragmatismo e da tradição que ainda preferem filhos homens e desconsideram a mulher na organização familiar.
As nefastas conseqüências do filho único
Em janeiro de 1980, quando a população chinesa já passava de um bilhão, o governo central lançou o "Documento nº 1" que tentava planificar os nascimentos com um conjuntos de medidas para limitar a um único filho por casal. Havia uma série de vantagens para quem se limitasse a um único filho, de multas e restrições civis para quem tivesse mais de um filho. Esse documento, com suas promessas e ameaças, fez baixar a natalidade nas cidades e na zona rural. Promovendo a política do filho único, o governo certamente não tinha a intenção de ressuscitar os conceitos feudais sobre a inferioridade da mulher, mas acabou por reforçar sua inferioridade e é isso que está acontecendo na China de hoje. Se um casal pode ter somente um filho, conseqüentemente vai querer um filho homem, sendo esta uma exigência cultural ainda profundamente arraigada no povo chinês. Se, por acaso, o bebê é menina, surge para o casal um gravíssimo problema ético e cultural: se ficar com ela, não pode mais ter o filho homem. A triste realidade é normalmente a morte ou o abandono da menina recém-nascida.
O infanticídio de recém-nascidas ou sua exposição nas ruas vêm de longa data e, nas cartas que os missionários enviavam, era denunciado como o pecado hediondo dos chineses. Hoje, quem visitar os orfanatos do governo ou da Igreja patriótica perceberá que lá existem somente meninas e raríssimos meninos, geralmente deficientes mentais.
O menino excepcional, não podendo cumprir seus deveres filiais, conforme os preceitos confucianos, é equiparado à menina, considerado inútil e um peso para os pais e portanto será abandonado a sua triste sorte: Morte ou orfanatos oficiais.
Uma denúncia da Comissão dos Direitos Humanos da Ásia, composta por católicos, budistas e islâmicos, registra que, nos anos 80, em regiões rurais e do interior, já faltavam 800 mil mulheres para casamento. Essas situação tornou-se cada vez mais grave, tanto que as autoridades do Comitê Central do Partido Comunista da China com o Conselho dos Negócios do Estado, em 7 de maio de 2000, publicou algumas notas, tentando esclarecer certos pontos do Documento nº 1, sem negar, porém, a política do filho único: "O governo autoriza uma certa flexibilidade na aplicação da política do filho único" e o porta-voz do governo da Comissão do planejamento familiar, Chen Shengli, explica que "o modelo familiar com um único filho jamais foi uma política de planejamento imposta aos casais ... mas somente um modelo de uma linha diretora de comportamento".
Diante da previsão de que, em 2010, a população da China vai ultrapassar um bilhão e 400 milhões de habitantes, um estudo atento dos novos documentos revela porém, que a política do filho único será retomada com força, como confessa o mesmo porta-voz, quando afirma que "este objetivo de manter aquém o número dos habitantes, será conseguido somente com a política do filho único por casal, política que iniciou em 1980".
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
As estações do ano
O solstício ocorre quando a Terra se afasta da linha do equador enquanto o equinócio é um momento em que o Sol cruza a linha do equador. Essas mudanças recebem uma nomenclatura respectiva de acordo com o seu período: primavera, verão, outono e inverno.
O verão que se inicia em dezembro e finda em março marca o período mais quente e longo do ano. Apesar de ser um período quente, o verão também é marcado por intensas chuvas, pois por causa do calor há maior evaporação de água e a formação de nuvens.
O outono se inicia ao término do verão em março e termina em junho. Esse período marca a transição entre o período quente do verão e o período frio do inverno. A característica marcante do outono é o amarelar e a queda das folhas e dos frutos nas árvores.
O inverno se inicia após o outono em junho e termina em setembro. Sua característica marcante é o frio e a chegada da noite mais rápida, pois os dias são mais curtos nesse período e em algumas regiões ainda pode-se visualizar neve.
A primavera se inicia ao final do inverno em setembro e termina com a chegada do verão em dezembro. Esse período é caracterizado pelo retorno dos dias longos com clima ameno, ou seja, nem quente e nem frio, período de reprodução animal e do desabrochar das flores.
ATIVIDADES:
1- Porque ocorrem as modificações climáticas?
2- Quando ocorre o solstício?
3- A partir de quais fenômenos são definidas as modificações climática?
4- Quais são as estações do ano e em qual estação nós estamos?
5- Em qual estação ocorre o período mais quente do ano?
6- Qual é a data do seu aniversário e em qual estação do ano ele acontece?
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Principais cargos religiosos e políticos do mundo islãmico
Saber quem manda entre os muçulmanos é um assunto polêmico desde 632, ano da morte do profeta Maomé.
Saber quem manda entre os muçulmanos é um assunto polêmico desde 632, ano da morte do profeta Maomé. “As leis deixadas por ele eram muitas vezes contraditórias e não havia regras claras quanto à nomeação de novos líderes”, afirma o historiador Peter Demant, da Universidade de São Paulo. De acordo com o momento ou a facção, títulos como califa, imã e xeque poderiam ser atribuídos a diferentes tipos de autoridade. Para aumentar a confusão, o islamismo exige que a sociedade se organize em função das leis sagradas, o que dá aos líderes religiosos uma importante função política. Para completar, títulos destinados aos soberanos de outros lugares – como os marajás, na Índia – eram assumidos pelos árabes ao conquistar a região. Veja, nos quadros abaixo, quem é quem na milenar história islâmica.
Uns e outros
Saiba como se organizam as elites islâmicas
Quando Maomé faleceu, Abu Bakr, um de seus discípulos, tornou-se o khalifah, termo árabe para “sucessor”. O termo passou a designar o líder político e religioso de todo o Estado árabe. Foi usado por 45 outros governantes até que, em 1258, uma invasão mongol pôs fim ao califato. O título continuou a existir de forma simbólica. Os egípcios tiveram um califa até 1517, quando foram conquistados pelos otomanos, que sustentaram o cargo até 1924. Em 1926, um congresso no Egito tentou nomear um novo califa, mas não conseguiu por falta de consenso.
Sultão
A palavra vem do árabe sultan, ou “potência”, e é usada por qualquer um que detenha o poder. Os sultões governavam pequenos reinos que surgiram a partir do século XI, quando o califado começou a se fragmentar. Desde então, é usado pelos soberanos de todo o mundo islâmico. Hoje em dia, o título é utilizado pelos governantes de países como Omã e Brunei.
Paxá
O título de honra mais alto do Império Otomano. Surgiu no século 13 para designar os irmãos e os filhos do sultão, mas depois passou a ser concedido a militares, governadores de província e vizires. Os paxás continuaram a existir na Turquia até 1934 – dez anos depois do fim do império – e persistiram até 1952 no Egito, um antigo domínio otomano. Os turcos utilizam até hoje esse termo para se referir a uma pessoa de status superior.
Xeque
O termo árabe shaykh, que significa “ancião”, pode ser usado por qualquer pessoa com alguma autoridade religiosa. Líderes de ordem, diretores de universidade, chefes de tribo e ulemás podem ser considerados xeques. O respeito e a autoridade religiosa do cargo são grandes fatores de status em países muçulmanos.
Xá
A palavra vem do persa xah, que significa “rei”, e desde o século VI a.C. designa líderes políticos da Pérsia, o atual Irã. Os governantes continuaram a ser chamados de xá mesmo depois de a região ser invadida pelos árabes no século VII e o título persistiu, com interrupções, até 1979, quando a revolução iraniana instituiu o governo do aiatolá.
Aiatolá
Conceito que surgiu no século XIX no Irã para designar os juristas islâmicos mais renomados – o mais alto grau dentro da hierarquia dos mulá. O termo vem do árabe ayat allah (“manifestação de Deus”). Entre os xiitas, uma das correntes islâmicas, o aiatolá deve agir como fonte de referência para toda a comunidade e, para alguns, possui um poder equivalente ao do imã.
Imã
Um dos conceitos mais polêmicos do islamismo: varia de acordo com as seitas, com a região e com a mesquita. Para muitos grupos, é o nome dado a quem está coordenando a oração. Entre os sunitas, é conferido aos califas e, em outro sentido, a teólogos e outras figuras notáveis. Entre os xiitas, o imã é um iluminado que deve guiar todo o mundo islâmico em assuntos religiosos e seculares.
Mulá e Ulemá
Os dois termos se referem a autoridades versadas no islamismo. São professores, teólogos e advogados conhecedores dos escritos sagrados. A diferença entre eles é que os mulá (do árabe mawla, “senhor chefe”) surgiram no Irã e são essencialmente xiitas, e os ulemá (de ulama, “os que possuem o conhecimento”) são sunitas.
Emir
Título laico atribuído a lideranças militares, governadores ou grandes autoridades. A palavra vem do árabe amir, que significa “comandante” ou “príncipe”. O título é usado hoje por líderes de países como Qatar e Bahrein. Os Emirados Árabes Unidos, apesar do nome, são governados por xeques.
Vizir
O termo vem do árabe wazir e designa “aquele que ajuda a carregar um peso”. O cargo surgiu no século VIII e indicava o oficial que fazia a ligação entre o califa e os seus súditos – função parecida com a de um primeiro-ministro. Nos séculos seguintes, estendeu-se a membros de ministérios, oficiais e governadores. Para distinguir os tipos de vizir, a partir do século XV os otomanos chamavam o representante do califa de grão-vizir. O título deixou de existir em 1922, quando uma revolução no Império Otomano deu origem à república da Turquia.
Marajá e Rajá