domingo, 20 de março de 2011

Início do outono 2011

O outono de 2011 terá início durante o equinócio de 20 de março (domingo, às 20:21 horas), com duração de 92 dias, 17 horas e 55 minutos.



O que significa o "equinócio"?

Equinócio é uma palavra derivada do latim (aequinoctium), e significa “noite igual”, e refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite sobre toda a terra.

Isto ocorre quando a terra atinge uma posição em sua órbita onde o sol parece estar situado exatamente na intersecção do círculo do Equador Celeste com o círculo da Eclíptica; ou seja, instante em que o sol, no seu movimento anual aparente pela Eclíptica, corta o Equador Celeste, apresentando declinação de 0º.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. No hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro. No hemisfério sul é o contrário, a primavera inicia em setembro e o outono em março.

Terremoto do Japão pode ter deslocado eixo da Terra

O devastador terremoto de 8,9 graus de magnitude na escala Richter que abalou nesta sexta-feira o Japão pode ter deslocado em quase 10 centímetros o eixo de rotação da Terra, segundo um estudo preliminar do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) da Itália.

O INGV, que desde 1999 estuda os diversos fenômenos sísmicos registrados na Itália, como o devastador terremoto da região dos Abruzos de 6 de abril de 2009, explica em uma nota que o impacto do terremoto do Japão sobre o eixo da Terra pode ser o segundo maior de que se tem notícia.

"O impacto deste fato sobre o eixo de rotação foi muito maior que o do grande terremoto de Sumatra de 2004 e provavelmente é o segundo maior, atrás apenas do terremoto do Chile de 1960", diz o comunicado.

Entre 200 e 300 pessoas morreram na província japonesa de Miyagi (leste) por causa do tsunami provocado pelo terremoto do Japão, mas ainda há 349 desaparecidos em todo o território japonês. Teme-se que o número de mortos aumente, já que há edifícios destruídos em várias regiões.

LUA CHEIA DE SÁBADO É A MAIOR DOS ÚLTIMOS 18 ANOS

O mundo vai poder observar a maior lua cheia das últimas duas décadas no próximo sábado. Como é véspera de equinócio, quem paga é a Páscoa, que se vê este ano empurrada para mais tarde no calendário.

No dia 19 de Março, a lua vai parecer invulgarmente maior, porque vai ficar tão próxima da Terra como não acontecia há 18 anos, explicou à Lusa Rui Jorge Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).

O fenómeno de aproximação da lua à Terra é designado perigeu (oposto ao apogeu, quando está mais afastada), explica-se por a órbita deste satélite não ser circular, mas elíptica, e não é invulgar, acontecendo todos os anos.

O que acontece de extraordinário este ano é explicado pelo astrónomo: "A forma da elipse, a excentricidade da elipse, varia periodicamente, às vezes é mais alongada, outras mais curta. Alguns dos perigeus que ocorrem sucessivamente são mais próximos do que outros".

"A coincidência é haver um perigeu desses muito próximos e que também coincide com a lua cheia, e isso dá uma lua maior do que o habitual", acrescentou.

Nelma Silva, do núcleo de divulgação do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, especificou que este perigeu vai fazer com que a lua esteja a cerca de 356 mil quilómetros da Terra, enquanto que em média está à volta dos 360 mil quilómetros de
distância.

Isto equivale a dizer que a lua se aproximará da Terra cerca de quatro mil quilómetros, sendo 12% maior, à vista humana, especificou.

Mas os fenómenos astronómicos do próximo fim-de-semana não se ficam por aqui: no domingo há o equinócio da primavera, dia que marca a mudança da estação e em que o dia e a noite têm exactamente a mesma duração.

Mas esta coincidência temporal não tem qualquer consequência a não ser atrasar o domingo de Páscoa.

Como explicou Nelma Silva, a Páscoa é um feriado católico, mas a data é calculada em função da astronomia: celebra-se no primeiro domingo a seguir à primeira lua cheia após o equinócio.

Uma vez que este ano há uma lua cheia imediatamente antes do equinócio, há que esperar pela próxima lua cheia e pelo domingo que se segue.

Quanto à influência que a aproximação da lua pode ter sobre a Terra, designadamente desencadear catástrofes naturais, como se tem especulado ao longo dos anos, os cientistas afastam completamente essa hipótese.

Segundo David Luz, investigador do Centro de Astronomia e Astrofísica, do OAL, a lua exerce influência sobre as marés.

"Haverá uma amplitude das marés ligeiramente maior. Por exemplo, no porto de Lisboa o Instituto Hidrográfico prevê para a altura da praia-mar 4,27 metros e baixa-mar de 0,20 metros, enquanto na lua cheia precedente as alturas foram de 4,21 e 0,12 metros",
afirmou.

Apenas isso e nada de sismos, já que o "comportamento da Terra depende do movimento das placas tectónicas, que por sua vez depende do movimento do magma no interior da Terra. São fenómenos muito lentos e independentes do movimento da lua em torno da Terra".

Existe, contudo, uma correlação documentada entre as actividades humanas (explosões em pedreiras, perfuração petrolífera, grandes obras) e a sismicidade, assegurou.

"Se admitirmos que as marés podem ter um efeito de desencadear um sismo no caso de existirem fortes tensões acumuladas, então também temos de admitir que as actividades humanas podem ter o mesmo efeito".

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sismo no JAPÃO

Foi o mais violento sismo alguma vez registado no Japão, um país habituado a fortes abalos. Mas nesta ocasião a terra tremeu com uma intensidade maior do que o habitual. O epicentro do tremor de terra com 8,9 graus na escala de Richter localizou-se a 180 quilómetros de Sendai e a 370 quilómetros de Tóquio.

Eram um quarto para as três horas da tarde (11/032011) locais quando a terra tremeu apanhando toda a gente desprevenida. O sistema de transportes foi interrompido e registaram-se inúmeras perturbações nas telecomunicações.

Na capital, a maior parte dos edifícios, construídos com técnicas antissísmicas resistiu, apesar de terem sofrido fortes abalos. As pessoas precipitaram-se para as ruas.

A grande preocupação residia nas centrais nucleares. Apesar das autoridades terem anunciado que foram desligadas, um incêndio eclodiu na central de Onagawa, mas aparentemente sem gravidade. Foi confirmada a informação de que todos os reatores iniciaram o processo de arrefecimento com segurança.

Em diversos locais registaram-se incêndios, como numa refinaria em Chiba, nos arredores de Tóquio.

Precisamente na capital, pelo menos 4 milhões de habitações ficaram sem eletricidade.

Este é já considerado o maior de sempre no mundo em seis anos. Esperam-se várias réplicas fortes nos próximos dias, semanas e mesmo meses.

A comunidade internacional está a postos para ajudar o Japão a recuperar do abalo sem precedentes. Equipas de resgate podem viajar nas próximas horas até ao país do sol nascente.