quinta-feira, 22 de julho de 2010

Biomas e domínios morfoclimáticos

As diversas paisagens que se estendem pelo globo terrestre podem ser agrupadas segundo alguns critérios, capazes de agregar regiões com características semelhantes e facilitar o entendimento dos fenômenos naturais e sociais. Quando falamos em paisagens naturais, há dois conceitos importantes: bioma e domínio morfoclimático.

De origem grega, a palavra bioma (bio = vida + oma = grupo) foi utilizada pela primeira vez nos anos 1940 por Frederic Clements para designar grandes unidades caracterizadas pela uniformidade na distribuição e predomínio de espécies de flora e fauna, associadas a relevo, solos e macroclimas. Mais tarde, a classificação foi aprimorada, passando a designar grandes unidades com características semelhantes no que se refere à sua fisionomia, formas de vida, estruturas e fatores ambientais associados - clima, relevo, solos e hidrografia.

O conceito de domínios morfoclimáticos (morpho = formas + clima) foi proposto nos anos 1970 por Aziz Ab´Saber, sendo utilizado para classificar as interações entre os elementos naturais construídas ao longo do tempo. Os domínios se referem a unidades paisagísticas a partir, em especial, das relações entre clima e relevo, pontuadas por paisagens distintas geradas pela variação de fatores naturais. Dentro do conceito de domínios, são valorizadas as faixas de transição entre uma paisagem e outra, deixando claro que essa passagem se dá de forma gradual e não abrupta.

Atualmente, predomina o conceito de biomas, mas é importante que todos entendam também a ideia de domínios morfoclimáticos e consiga perceber que existem zonas de transição entre uma paisagem e outra.

O domínio amazônico é um conjunto de terras baixas com florestas, sob clima equatorial, com umidade constante (Para saber mais, leia o Especial Amazônia, disponível no site do Planeta Sustentável).Os mares de morros correspondem, por sua vez, a uma faixa com a presença de topos de morros aplainados, convexos, como se fossem meias-laranjas, recobertos em grande parte pela mata Atlântica. Entre outros conjuntos, estão a depressão sertaneja – com a presença de caatingas – e os chapadões do Planalto Central – com cerrados e matas-galeria acompanhando os rios. Destaque no mapa a presença das faixas de transição - como o agreste nordestino.


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